Este livro é um guia prático ilustrado com numerosos exemplos sobre o discernimento, tal como ele é apresentado no livro dos Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola. A leitura deste livro não pressupõe nenhum conhecimento prévio da espiritualidade inaciana. Por esse motivo, o leitor mais afeito a essa espiritualidade não encontrará nesta obra as expressões técnicas tão familiares, tais como consolação, desolação, bom espírito, mau espírito, inimigo da natureza humana, pecado, humildade etc. É verdade que esse jargão permite exprimir nuances e sutilezas que a linguagem ordinária não oferece; contudo, muitas vezes o jargão técnico também pode levar a confusões e mal entendidos para os não iniciados. Por isso, o autor dá preferência a expressões como interioridade, sentimento afetivo, sentimentos positivos e negativos, interioridade afetiva, confrontação, receptividade etc. Ainda que expressões como essas não tenham sido usadas por Inácio, elas parecem mais consonantes com a linguagem e a cultura contemporâneas.